Derecho del Turismo en las Américas

A PrimeiraViagemde Circum‑navegação, encetada por Fernão de Magalhães e finalizada por Sebastián Elcano representa a primeira “visão” global do mundo. Singularidade que, tendo sido definida por Stefan Zweig como “ a maior odisseia da história da humanidade ”, se manifesta do ponto de vista geográfico, cultural, científico e socioeconómico. Esta expedição náutica épica e transcendente nos alvores do século XVI, podemos considerá‑la como a primeira rota universal e global ao estender‑se por todos os mares, continentes e céus que cobrem os dois hemisférios do planeta, constituindo, cinco séculos depois, um património de toda a humanidade, um capital simbólico e intelectual de valor universal, que se mantém vivo em inúme‑ ros acontecimentos ao longo de toda a Rota de Magalhães/Elcano. É, pois, esta arrojada expedição, o seu carácter inovador e a sua importância nas diferentes dimensões do saber, que está na base das comemorações dos 500 anos da Circum‑navegação, comemorações que tiveram início em 2019 e irão decorrer até 2022. Revisitar este momento de transcendente importância na História da Humanidade que se referencia como o berço do mundo global em que vivemos, para além da responsabilidade histórico‑cultural, constitui uma oportunidade de reflexão e de ação sobre a atualidade e sobre o futuro; sobre o mundo que herdamos e sobre aquele que estamos a construir; sobre o conhecimento que temos e sobre as novas fronteiras do saber. Celebrar, então, os 500 anos da expedição não pode nem deve ser apenas uma celebração do passado, muito menos uma visão limitada do presente. Pelo con‑ trário, deve favorecer uma leitura global e plural da história e das relações entre povos e culturas, ajudar‑nos a compreender o presente e a projetar o futuro numa cosmovisão partilhada, colaborativa e multicultural. Por isso acreditamos que a melhor maneira de celebrar é aproveitarmos esta oportunidade e este legado histórico, nas suas diferentes leituras e enfoques, para

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